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Grupo de Jovens Restauração


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Reuniões muito longas.
Reuniões curtas.
Tem música demais.
Falta animação, mais músicas.
Mais espaço para o debate nas leituras bíblicas.
Está ótimo o grupo.
Deveriam aumentar o tempo de grupo.
Falta uma melhor acolhida aos participantes.


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Artigos e Reflexões

Dia de Natal
Luz
Por Padre Antônio Geraldo Dalla Costa

A liturgia desta noite fala-nos de um Deus que ama os homens;

por isso, não os deixa perdidos e abandonados

a percorrer caminhos de sofrimento e de morte,

mas envia "um menino" para lhes apresentar

uma proposta de vida e de liberdade.

Nas trevas da Noite, queremos celebrar esse menino,

que veio para ser a "Luz" de todos os Povos.



A 1ª Leitura anuncia a chegada de "um menino", da descendência de David,

que inaugurará uma era de alegria, de felicidade e de paz sem fim. (Is 9,1-6)



O "Povo andava nas trevas e habitava nas sombras da morte",

desiludido com os reis e a política. De repente, aparece uma "Luz",

acende a esperança e provoca uma explosão de alegria

comparável à alegria no final de uma caça abundante ou das colheitas:

Um "Menino" descendente de Davi será enviado por Deus

para restaurar o trono de Davi e para reinar no direito e na justiça.

Esse "Menino" prometido alimentou o sonho de um futuro novo,

de paz e de felicidade para o Povo de Deus.



* Jesus é essa Luz anunciada pelo Profeta, que veio para vencer

as trevas da morte, que ocultavam a esperança

e instaurar o mundo novo da justiça, da paz e da felicidade.

O nascimento que celebramos esta noite significa que este "Reino" chegou.

No entanto, ele é hoje de fato uma realidade viva na história humana?

- Acolher Jesus, celebrar o seu nascimento,

é aceitar esse projeto de justiça e de paz que Ele veio trazer aos homens.

- Em quê, ou em quem coloco eu a minha esperança e a minha segurança?

Nos políticos que prometem e se servem da minha ingenuidade para fins próprios? No dinheiro que se desvaloriza e que não serve para comprar a paz do coração?

Na situação sólida da minha empresa, que pode desfazer-se

nas convulsões sociais ou numa crise econômica?

Isaías diz que só podemos confiar em Deus e nesse "menino"

que Ele mandou ao nosso encontro, se quisermos encontrar a "luz" e a paz.

- Reparemos, ainda, no "jeito" de Deus:

Ele não se serve da força e do poder para intervir na história e mudar o mundo.

É através de um "menino", símbolo da fragilidade e da dependência,

que Deus propõe aos homens o seu projeto de salvação.

Temos consciência de que é na simplicidade e na humildade

que Deus age no mundo?

A 2ª Leitura lembra-nos as razões pelas quais devemos viver

uma vida cristã autêntica e comprometida. (Tt 2,1-14)



Se quisermos que a Luz se manifeste,

essa vida nova recebida deve manifestar-se em nossa vida.



O Evangelho apresenta a realização da promessa profética:

Jesus, o "menino de Belém", é o Deus que vem ao encontro dos homens

para lhes oferecer a salvação. (Lc 2,1-14)



Lucas pretende apresenta uma catequese sobre Jesus.

Por isso, as indicações são mais teológicas do que geográficas ou históricas.

- BELÉM: Sugere que Jesus é o Messias, da descendência de Davi,

anunciado pelos profetas. Um lugar pequeno e afastado dos grandes centros.

- O QUADRO do Nascimento: apresenta a pobreza e a simplicidade

que rodeiam a vinda ao mundo do libertador dos homens:

a falta de lugar na hospedaria, a manjedoura dos animais a fazer de berço,

os panos improvisados que envolvem a criança, a visita dos pastores…

É na pobreza, na simplicidade, na fragilidade,

que Deus se manifesta aos homens e lhes oferece a salvação.

- As TESTEMUNHAS do Nascimento: Os Pastores,

gente considerada rude, violenta, marginalizada,

colocada ao lado dos publicanos e dos cobradores de impostos.

Sugere que é para estes pecadores e marginalizados que Jesus vem;

por isso, a chegada de um tal "salvador" é uma "boa notícia":

a partir de agora, os pobres, os débeis, os marginalizados, os pecadores,

são convidados a integrar a comunidade dos filhos amados de Deus

- Os TÍTULOS dados pelos anjos definem o papel e a Missão de Jesus:

Ele é "o Salvador, Cristo e Senhor".



No Prefácio, proclamamos hoje jubilosos nossa ação de graças ao Pai.

"Quando o vosso Filho se fez homem,

nova LUZ da vossa glória brilhou para nós,

para que, vendo a Deus com nossos olhos,

aprendêssemos a amar nele a divindade que ao vemos" (prefácio).

- Essa Luz já está presente em nossa vida, iluminando nossos atos?



Natal em família

O Natal aconteceu na simplicidade de uma família.

Jesus nasceu sem casa, sem berço, mas tinha uma grande família.

É na família que descobrimos o sentido da vida e da fé.

É na família que aprendemos a superar as trevas a cada dia.

Façamos de nossa família uma manjedoura, repleta de Luz, paz, ternura e Vida.

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 25.12.2008
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II Domingo do Advento
O Caminho

Por Padre Antônio Geraldo Dalla Costa

Nesse segundo domingo do Advento,
a VOZ profética de ISAÍAS e JOÃO BATISTA ressoa
animando a nossa vida para a chegada do Cristo que vem.

As Leituras convidam a preparar o Caminho do Senhor.

Na 1ª Leitura, ISAÍAS consola os exilados na Babilônia
anunciando um NOVO CAMINHO de vida e salvação,
com o regresso do povo à pátria. (Is 40,1-5.9-11)
"Terminou o tempo da escravidão… chegou a hora da libertação,
o Senhor está chegando… preparai no deserto o caminho do Senhor.
nivelai os vales, rebaixai os montes e colinas, endireitai os caminhos tortos".

- Em seguida, fala de um MENSAGEIRO que será enviado à frente,
para levar a boa notícia para Jerusalém e todas as cidades de Judá...

Na 2ª Leitura aponta para a Parusia, a segunda vinda de Jesus. (2Pd 3,8-14)

Essa vinda dá uma perspectiva diferente da vida, do seu sentido e
da sua finalidade. Leva-nos a dar prioridade aos valores de Deus.
Aponta também o sentido da esperança: somos pessoas abertas ao futuro,
um futuro a conquistar já nesta terra, com fé e com amor,
mas sobretudo um futuro a esperar, como dom de Deus.

No Evangelho, JOÃO BATISTA aponta o CAMINHO
para preparar a chegada do Messias. (Mc 1,1-8)

O Texto introduz o Evangelho de Marcos, que leremos nesse ano (B):
"Início do Evangelho..." Essa "boa notícia" é a pessoa e a ação de Jesus,
chamado de Cristo e Filho de Deus.
Tudo "começou" quando João se apresentou no deserto de Judá para pregar.

1. Sua Missão: ser o "MENSAGEIRO" que prepara o caminho para o Messias.
Denuncia o pecado, anuncia o perdão e dispõe o homem a converter-se...

2. Sua Mensagem: "Preparai o caminho do Senhor e endireitai suas estradas."
Proclama um Batismo de CONVERSÃO para o perdão dos pecados.
João aponta um Caminho de purificação e de conversão...
O Sacramento da Penitência é um gesto que manifesta
a vontade de conversão e a esperança dos tempos novos.
É um encontro privilegiado com o Deus que salva e perdoa.
- Quais são os vales a serem preenchidos? (vazios, omissões...)
- Os montes a serem abaixados? (orgulho, vaidade, ambição...)
- Os caminhos a serem endireitados? (egoísmo, ganância, ódio...)
3. A Reação dos ouvintes: "Todos saíam ao seu encontro e
eram batizados no rio Jordão, confessando seu pecados".


4. Seu estilo de vida: Era uma pessoa sóbria, desprendida, austera e simples...
É o último dos profetas do Antigo Testamento.
Não só anunciou o Messias… mas o apontou já presente no meio do povo:
"No meio de vós está… Eis o Cordeiro de Deus..."
Dele falou Jesus: "É mais que um profeta… o maior dos nascidos de mulher..."

- Aparece no DESERTO: Lugar dos grandes encontros com Deus…
Foi no Deserto que o Povo de Deus realizou uma longa caminhada
de purificação e de conversão...
Deus é amigo do silêncio e se revela no silêncio...
O barulho das festas não é ambiente propício para anunciar,
nem para ouvir um convite de Penitência.
* Nesse advento, estamos dispostos a fazer momentos de deserto?
Oração… Novena do Natal em família... Gestos de solidariedade...

- Vive na SOBRIEDADE, manifestada no comer e no vestir…
"Vestia uma pele de camelo e comia gafanhotos e mel silvestre..."
* É com esse espírito que nos preparamos para o Natal desse ano?

O "estilo de vida" de João fala tão forte como as suas palavras.
É o testemunho vivo de um homem, que está consciente das prioridades
e não dá importância aos aspectos secundários da vida,
como sejam a roupa "de marca" ou o comer e beber...
Em nossa vida, quais são os valores, que escolhemos?
* João Batista nos convida a preparar o Caminho do Senhor,
assumindo atitudes novas e um estilo de vida simples e profética.
Estamos dispostos a nos preparar para o Natal, nesse espírito de João?

5. Seu testemunho sobre Jesus:
"Eu vos batizo com água, Ele vos batizará com o Espírito Santo".
Ele fala de dois tipos de Batismo:
- Batizar com água consistia em purificar as pessoas convertidas de seus pecados.
- Batizar com o Espírito, a ser realizado depois por Jesus, consistia em comunicar
às pessoas uma vida nova, transformando-as em novas criaturas.

JOÃO BATISTA foi um MENSAGEIRO DE DEUS
que preparou os homens do seu tempo, para a vinda do Senhor…
com a palavra e com o testemunho de vida...

Deus não poderia se servir também de nós, de você,
para preparar os homens de HOJE,
para a vinda do Cristo, no NATAL DESSE ANO
e ser uma voz de esperança que aponta um Caminho Novo
para os homens sofridos de hoje,
que vivem nesse deserto da vida, escravos de tantas opressões?


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I Domingo do Advento
"Vigiai!"

Por Padre Antônio Geraldo Dalla Costa

Iniciamos hoje novo Ano Litúrgico (Ano B).
O ADVENTO possui duas características:
é tempo de preparação para o NATAL,
em que se comemora a 1ª vinda do Filho de Deus,
é também um tempo em que se voltam os corações
para a expectativa da 2ª vinda de Cristo, no fim dos tempos.

As leituras convidam à VIGILÂNCIA, para acolher o Senhor que vem.

A 1ª Leitura é uma SÚPLICA ardente ao Deus da História,
pedindo um Salvador. (Is 63,16b-17.19b;64,2b-7)

É uma das preces mais bonitas da Bíblia.
Ao povo que voltou do exílio desanimado e indiferente à Aliança,
o Profeta tenta acordar a esperança num futuro de vida e salvação.

Deus é invocado como "Pai" e "Redentor"
(Pai: fonte da vida familiar; Redentor: responsável pelo resgate).
É a primeira vez que se chama Deus de Pai (2 x).
No evangelho, Jesus usará mais tarde 184 vezes.

Termina com a imagem do OLEIRO: Deus é o "oleiro" e
o Povo é o "barro", que o artista modela com amor...
- Somos barro, frágeis, mas somos também obra de suas mãos...
somos a expressão do amor de Deus
- Faz lembrar a Criação do Homem do barro da terra.
A mudança do coração do seu povo é uma nova Criação,
da qual nascerá uma nova humanidade.

A 2a leitura é um APELO à vigilância para acolher Deus, que vem
e manifesta o seu amor através dos seus dons. (1Cor 1,3-9)

É a primeira vez São Paulo usa a Palavra "Carismas".
São os dons de Deus a determinadas pessoas para o bem da comunidade.

O Evangelho é uma EXORTAÇÃO à vigilância constante
para preparar a vinda do Senhor. (Mc 13,33-37)

O texto é o final do "Discurso escatológico".
A Parábola do Porteiro conta a história do homem que partiu em viagem,
distribuiu tarefas aos seus servos e deu ao porteiro uma ordem que vigiassem...

- O "Dono da casa" é Jesus, que ao voltar para o Pai,
confiou aos discípulos a tarefa de construir o "Reino", iniciado por ele.

- Quem é o "porteiro"?
São as lideranças da Comunidade, a quem foi confiada a missão
da vigilância e da animação da Comunidade.




O que a Parábola tem a nos dizer?

1. A Vinda do Senhor é motivo de ESPERANÇA.
A nossa caminhada humana não é um avançar sem sentido ao encontro do nada, mas uma caminhada feita na alegria ao encontro do "Senhor que vem".
Não se trata de uma vaga esperança,
mas de uma certeza baseada na palavra infalível de Jesus.
E o Advento nos recorda essa realidade:
2. Advento é tempo da ESPERA vigilante do Senhor.
O verdadeiro discípulo deve estar sempre "vigilante".
- VIGIAR significa não esquecer que toda a vida cristã é uma caminhada
rumo ao encontro final com Cristo Salvador e Juiz.
- VIGIAR é a atitude de quem se sente responsável pela "casa" de Deus,
protegendo-a de invasões estranhas.
- VIGIAR significa viver sempre empenhado e comprometido
na construção de um mundo de vida, de amor e de paz.
- VIGIAR Significa cumprir os compromissos assumidos no dia do batismo
e ser um sinal vivo do amor e da bondade de Deus no mundo.
- VIGIAR significa cumprir a Missão recebida:
dar testemunho de Jesus e do seu evangelho.
- VIGIAR significa não viver como se a vida se reduzisse à duração terrena,
mas viver sempre na expectativa da revelação plena do Senhorio de Jesus.

Todos nós também somos convidados a não "dormir",
a estar acordados e "vigilantes", sempre prontos
para lhe entregar a qualquer momento a sua "casa" bem cuidada?

É o que pretende esse tempo litúrgico, quando nos convida a seguir
a marcha do Povo de Deus, que se preparava para a primeira vinda do Senhor:
uma marcha lenta, obscura e dolorosa, para ali apreendermos
qual deve ser a nossa ESPERANÇA nessa caminhada para Cristo.

Em meio a tantos convites comerciais,
permaneçamos atentos e vigilantes no Senhor.

- "Nesse Natal, Cristo pede um lugar em nossa casa".
* Será que ele pode contar com um lugar em nosso coração?
Estamos dispostos a remover tudo o que rouba espaço para Ele,
e impede nosso caminho para Deus?

- Já reservamos tempo para a NOVENA do Natal em família?
* A novena é uma forma de concretizar a esperança e
de reunir-se na mesma fé, permitindo que a ternura de Deus
abra caminhos para a realização e a paz.

Nesse Natal, serão realmente felizes... as pessoas,
em quem Cristo encontrou um lugar para nascer!

Pe.Antônio Geraldo Dalla Costa
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O Dogma da "Imaculada Conceição- 08 de dezembro"

Escrito por Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj

1. O dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 8 de dezembro de 1854 por Pio IX (Bula "Ineffabilis Deus"), declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, desde a sua Conceição, ou seja, que ela foi preservada desde sempre da mácula do pecado original, no qual nascem todos os filhos de Adão. Enquanto estes estão privados da graça divina, a Virgem Maria foi toda pura, santa e imaculada desde o início da sua vida. Esta foi desde sempre a convicção profunda da Igreja, que viu na Virgem Maria a 'Nova Eva' (Sto. Irineu).


2. Apesar da sua reconhecida devoção a Nossa Senhora, homens como S. Bernardo, Sto. Alberto Magno, S. Boaventura e S. Tomás tiveram dificuldade em admitir a Imaculada Conceição, porque difícil de conciliar com o dogma da universalidade da Redenção. Proclamar a Imaculada Conceição parecia implicar retirar a Virgem Maria da órbita da Redenção em Jesus Cristo, a qual, por ser necessária e absoluta, era tão universal como o pecado original. Se a Virgem Maria não estivesse incluída no número dos que contraíam o pecado de Adão, ficava então igualmente excluída da redenção, e esta não seria universal, pois não abrangeria todos os descendentes de Adão. Perante esta alternativa, foram como que obrigados a negar o privilégio de Maria até ser possível conciliá-lo com o dogma da universalidade da redenção em Cristo.

3. A solução do problema foi dada pelo beato Duns Escoto (séc. XIV), segundo o qual a Imaculada Conceição não exclui a Virgem Maria da redenção, porque ela foi preventivamente redimida pelo seu próprio Filho. Ela foi antecipadamente redimida e por conseguinte preparada para a sua divina maternidade. Esta explicação acabou por ser recebida na teologia e nas declarações do magistério.

4. Como todos os dogmas, também a 'Imaculada Conceição' foi a solene proclamação da fé do povo de Deus, do sentir da Igreja, do que nós poderíamos chamar a 'devoção popular'. A 'Imaculada Conceição' caracteriza o catolicismo em Portugal, tendo sido sob esta invocação Nossa Senhora proclamada por D. João IV Rainha e Padroeira de Portugal, no dia 25 de Março de 1646, título que nenhum regime, mesmo o republicano e o que surgiu de Abril de 1974, foi capaz de abolir. Na Universidade de Coimbra, ela é a Padroeira, ainda hoje, e houve tempos em que defender esta verdade da fé era título de honra e compromisso de todo o lente daquela Universidade! Mas que significa para nós hoje este admirável mistério?

5. O dogma da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria foi a solene confirmação do mistério central da fé. A Virgem Maria foi pensada por Deus como a mediadora do mistério da Encarnação. Porque chamada a ser a mediadora deste mistério, a Virgem Maria não podia ser pensada senão como a primeira totalmente redimida, e como a primeira redimida é que ela concebeu sem pecado o Filho de Deus, porque sem pecado foi concebida. Ao acolher a Palavra do Anjo, a Virgem Maria permitiu que a Palavra eterna de Deus assumisse a carne do pecado e por causa desta assunção ela foi previamente redimida pelo seu próprio Filho. Por ela o Verbo de Deus entra na história, inaugurando o tempo da Graça e da Liberdade dos filhos de Deus. A Virgem Maria abriu a porta do mundo para o Advento do Deus redentor, na carne da humanidade. Ela é por excelência a primeira na ordem da Redenção. O dogma da Imaculada Conceição proclama que Ela, desde o início do seu ser, não foi apenas envolvida pelo mistério da Graça da redenção prometida, mas a primeira redimida pelo seu Filho que ia gerar; este dogma toca, portanto, no centro do mistério da Redenção. A 'Imaculada Conceição' mostra a Virgem Maria como a primeira na ordem da Redenção, Redenção esta que não pode acontecer sem ela. Sem a Imaculada Conceição da Virgem Maria não seria pensável a redenção, como vitória divinizante da natureza humana sobre o pecado do mundo.

6. A Virgem Maria é a primeira redimida: depois dela e por meio dela, todos são chamados a participar na vitória da redenção, através do batismo, pelo qual o homem é regenerado, e chamado também a ser santo e imaculado na presença de Deus. A Imaculada Conceição eleva a Virgem Maria ao paradigma da antropologia cristã. Ela manifesta de um modo eminente a transfiguração do homem que se opera pela participação no mistério de Cristo, com o qual, por graça, o homem é chamado a configurar-se. A Imaculada Conceição da Virgem Maria revela a ontológica transfiguração do ser e da existência na relação com o Verbo de Deus encarnado. Paradigma da antropologia cristã, a Imaculada Conceição é o caso eminente da redenção pela graça, a que ela corresponde, na plena liberdade do 'ecce ancilla', no mistério da Anunciação. Não apenas do 'homem novo', mas também da Igreja. Mariano, com certeza, o dogma da 'Imaculada Conceição' é também eclesial, porque nela se espelha o que é o mistério da Igreja a qual, tendo na Virgem Imaculada a sua figura excelsa (cf. LG 53; 63), é também santa e imaculada, Mãe e Virgem puríssima dos seus filhos gerados nas águas do batismo. Por isso, com o pensamento na 'Imaculada Conceição', a Igreja e todos os fiéis exultam de alegria, talvez como em nenhum outro dia, porque aí está o exemplo das maravilhas de Deus na história, do que Ele pode fazer na Igreja e na vida de cada fiel; como a Virgem Santa Maria, se cada um se colocar na mesma atitude de filial obediência e de amor, naquele cujo Nome é grande e que grandes coisas realizou na sua humilde serva! Bem-aventurada a nação que se honra por tê-la como Mãe e Padroeira!

https://www.universocatolico.com.br/content/view/11974/3/

https://www.paginaoriente.com/titulos/nsimac0812.htm



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Carta do Papa João Paulo II aos Jovens

"Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se “lascam” na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida no nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot-dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem discman.
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refrigerante ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de desporto.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos.”